quarta-feira, 28 de agosto de 2013


Pouco Tempo... Muitas Marcas!

Vivíamos dias de expectativa, enquanto fazíamos os preparativos para uma comemoração.

Estávamos a véspera da festa e de recebermos um pregador que a maioria de nós não conhecíamos.

Era inicio da programação e eu estava ali sentada em silencio, o ambiente me parecia um pouco calmo demais para o inicio de uma grande festa. Foi então que eu vi surgir do nada e ele o preletor estava ali a minha frente se apresentando. Nesses momentos a minha timidez sempre aparece, mas me recompus e tentei corresponder a sua amável apresentação.  Logo surgiu a pergunta... e a resposta era aquela mesma palavra que tinha causado transtorno com meu amigo. Me  muni de coragem e respondi positivamente... mas tive a sensação de haver causado problemas outra vez. Aquela palavrinha que me acompanha a muito e não quer se calar está sempre diante de mim, talvez por ser uma situação mal resolvida e que precisa de muito esforço, coragem e desempenho para que ela ocupe o lugar que sempre deveria ter tido em minha vida.

Foi a chave para no restante dos três dias surgirem conversas que semearam em minha vida marcas de esperança força e coragem que agora permeiam os dias silenciosos cheios de calor e poeira com que agora convivo.

Quantas coisas boas, amor alegria comunhão... o companheiro de viagem e amigo que se uniu a conversa para injetar ainda mais animo e força no meu coração, penso na verdade que eles nem tinha a real noção do que semeavam em minha vida.

Três dias apenas mas muitas marcas e sementes pequenas ,insignificantes mas que prenunciam o crescimento de arvores frondosas carregadinhas de flores feito Ipê em tempo de florada.

Os preparativos do evento haviam demandado muito esforço, e em um desse mutirões vimos nosso amigo desandar do andaime causando um enorme susto, mas Deus havia cuidado dele de uma forma especial , ainda se recuperava de uma doença que o havia debilitado e depois da cena de horror do tombo vimos a cena linda dele se levantando e andando.. poucos minutos depois já podíamos ver seu sorriso.

Acho que para nos ensinar que as vezes a vida nos proporciona tombos, aqueles que parecem que quebraram nossa coluna ao meio, ou aqueles que parecem que resultaram e traumatismo craniano e fizeram a gente esquecer da vida. Mas assim como fez nosso amigo rodeado de mãos ajudadoras aos poucos nos levantamos continuamos andando devagarzinho vida afora e em poucas horas estamos diante daquele que talvez nunca vimos mas se põe a nossa frente recuperando nossos sonhos e nossas esperança feitos mágicos, melhor dizendo anjos que Deus põem em nossa vida.

Era a ultima noite. Parecia que o calor causticante minava minhas forças. Era noite de estreia e eu ia participar pela primeira vez em minha vida de uma peça teatral. Mas por incrível que pareça eu sentia uma paz enorme em meu coração, talvez anunciando a noite linda maravilhosa, deslumbrante que estava ali a nossa frente.

Os dois visitantes ilustres chegaram como sempre espalhando seus sorrisos e aquela palavras mágicas que semeavam plantações exuberantes na nossa existência. Eu estava ali conversando com meu amigo ... ele então começou a dizer: Vocês vão embora amanhã mas já estou sentindo muita saudades!

Eu acho que ele já sentia a sensação de perder aquela alegria, aquele sentimento bom que os dois ilustres visitantes foram todos os dias e momentos semeando em nosso coração. Inesperadamente ele começou a me dirigir a palavra falando da dor que um dia minha partida causaria. Eram palavras que descreviam exatamente a dor que eu já havia sentido tantas vezes quando a vida levou pra longe de mim pessoas que eram pedaços da minha existência mas que precisaram ir. Fiquei pensando como poderia haver tanta exatidão nas palavras sobre  aquilo que nem ainda parecia ser possibilidade de existir. Talvez porque cada um de nós já experimentou um pouco dessa dor da perda de tesouros chamados pessoas que foram por algum motivo subtraídas das nossas vidas.

Na segunda feira procurei entender o que ele realmente dizia e então surgiram aquela palavras douradas  que podem nos fazer refletir por toda vida. Existem pessoas que ficam 30 anos na nossa vida mas não fazem falta, não deixam marcas , outras em 30 dias deixam marcas e fazem uma falta terrível, foi a explicação. E continuou... são aquela pequenas coisas, pequenas ajudas, palavras simples mas que nos ajudam e vão marcando com coisas verdadeiras a nossa vida. E pensar  que quem me dirigia essas palavras havia feito tantas coisas por mim!

As lindas palavras me acordaram para a dura realidade. Quais a marcas que vou deixando. Já fiz um dia essa oração quando ouvi das marcas do pão de mel da minha mãe depois de mais de vinte anos que ela partiu... mas ali estava aquela mesma reflexão.

Lembei-me então dos tesouros que espalharam suas lindas marca, mas também me lembrei daqueles que foram feitos terremoto que passaram em minha vida. E se não fossem esse feitos anjos que apareceram eu estaria morta entre meio aos escombros , mas eles chegaram de mansinho feito aquele preletor desconhecido e aos poucos aos pouquinhos vão reconstruindo minha existência me fazendo feito fênix levantando das cinzas.

Assim como aquela florezinhas lindas que  levam o meu nome, Erica elas são minúsculas sozinhas quase nem as podemos ver mas quando elas enchem os galhos com suas florezinhas e folhinhas minúsculas formam um lindo espetáculo que fazem parar quem as vê. Dizem os jardineiros que em  uma época do ano elas secam então precisam ser podadas cuidadas e regadas para eu brotem outra vez. Já as cultivei e tive um mudinha linda em frente a minha casa que depois que cresceu arrancou muitos elogios... deve Ser esse o motivo do meu nome.

Poucos dias muitas marcas. A maioria desse  jardineiros da minha vida tive o privilegio de conhecer porque aos meus doze anos conheci Jesus aquele especialistas em marcas e foi por causa do meu amor por ele que a maioria dos anjos semeadores de alegria apareceram em minha vida.

Amigos como aquela de mais de vinte anos que agora se propõe a me ajudar a tornar em livro esses meus escritos, que brotam em meu coração feito esse que agora escrevo.

Tem aquela que quase adoeceu quando me viu caída no abismo mas ainda hoje mesmo por satélite nos falamos quase  todos os dias. O que semeou palavras que me fizeram sobreviver e que talvez o avião tenha levado pra sempre, agora ele está em silencio nem sei o motivo mas as marcas... essas como disse ainda ontem meu amigo nunca vão desaparecer... a dor da saudades essa meu amigo descreveu tão bem que fez doer a alma. Tem aquele eu se tornaram meu milagre que chamo carinhosamente de milagre Marli, a menina dos pinceis, aquele que nunca me viram mas quando aqui cheguei sozinha estavam lá em uma linda igrejinha verde e me estenderam os braços em uma acolhida que hoje me faz desfrutar de tudo que escrevo. E aquele como  a família do que hoje é meu líder espiritual pais daquela menininha linda que feito anjinho espalha alegria... aquele que fez com que meu celular tocasse em um dia de muita tristeza silencio e ele e sua linda esposa transformaram um dia de pesadelo em pura alegria. Não posso esquecer daqueles que vieram apenas através dos satélite e que escrevem sobre a minha vida palavras lindas como essa:

 

 

Para cultivar os mais belos jardins, é preciso revolver a terra com amor, plantar flores com as mãos jardineiras da alma, a tempo apropriado, despojar-se dos pesos inúteis, toda alma livre é sonhadora, adora voar sem se prender a qualquer caminho por atrativo que seja este, o inusitado é seu destino..., em liberdade voa feliz, voa leve como plumas sopradas ao vento..., sem rumo certo viaja nas asas da sorte, aonde sopra o vento, é seu caminho..., seu limite desconhece limites, porque o céu felizmente, como o amor é infinito!

São José dos Pinhais – PR, 26 de janeiro de 2013.


Agora fico preocupada quantos mais deixaram suas marcas são muitos e jamais poderia descrever todos acho que devo pedir perdão pela minha intransigência, sem falar nos meus irmãos que estão sendo mais que anjos trabalhando duro na minha reconstrução.

E assim  em apenas alguns minutos de encontro eu, meu amigo e dois ilustres e bondosos visitantes ... esse texto quem sabe poderá produzir ainda mais marcas nos distantes e desconhecidos visitantes que visitam e leem os meus textos que os satélites espalham pelos horizontes.

Fique a vontade para rir e chorar... mas nunca deixe de espalhar suas marcas, ainda que seja pequeninas feito as flores de Erica que pequenas mas juntas alegram a vida em varias partes do mundo.

Esses foram apenas minutos de conversa que foram espalhando na minha vida muitos momentos bons assim como sempre para rir e chorar!

 

 

A magia dos pincéis...

 

Era véspera de um esperado evento, eu deveria estar feliz  mas ao contrário  um desanimo e tristeza invadiam meu peito, talvez como em um prenúncio de que nem tudo seria uma festa perfeita.

 

Eu me esforçava para esboçar uma alegria que na verdade nem existia. Na hora da saída imprevistos e mais imprevistos. Inesperadamente eu estava envolvida em uma situação extremamente  constrangedora... não sabia ao certo se iria ou ficaria.

 

Depois de atitudes, palavras e olhares que conseguiram me entristecer profundamente fui escolhida a acompanhar o grupo que viajaria rumo a cidade vizinha participando assim do esperado momento.

 

O que deveria ser uma alegria tornou-se um peso frio e triste dentro de mim. Uma sensação de medo e desconforto congelava meu coração, mas com todas as minhas forças eu tentava manter o animo e a calma.

 

Para piorar ainda mais a situação inesperadamente a conversa naquele carro desencadeou uma enxurrada de palavras desagradáveis dirigidas a mim, referindo-se a uma situação que eu jamais imaginei que havia causado tantos transtornos a alguns dias atrás. Eu havia dito palavras que já foram proferidas por mim em milhões de lugares e com pessoas diferentes, mas que jamais tiveram efeito negativo, e agora ali estava eu ouvindo de um amigo palavras duras sem ao certo saber o que realmente havia acontecido.

 

Como num momento mágico, minha reação não foi a que eu normalmente teria sido em um momento de angustia e tristeza. Fui pedindo desculpas tentando calmamente esclarecer os fatos e aos poucos a situação foi perdendo a dureza e até provocando alguns risos. Não no meu coração, é claro que a essa altura já sangrava e doía profundamente... e eu continuava me esforçando para passar aquele momento sem criar situação insuportáveis naquele entardecer que deveria ser de alegria mas que foi se cobrindo de escuridão dentro do meu ser.

 

Na chegada cada um procurava se arrumar para adentrar o salão do evento. Olhei para mim destroçada, despedaçada com quase nenhuma força.  E perguntei a mim mesma se aquele pedaço de gente aguentaria enfrentar uma festa. Tive minha duvidas se isso seria possível.

 

Puxei o fôlego  devagarzinho, fui ao carro  e perguntei as minhas amiguinhas se havia algo que pudesse melhorar minha aparência para enfrentar o desafio. A principio nada havia até que alguém me ofereceu um creme hidratante, achei que a ideia era boa... fui passando e pareceu um  bálsamo (a boticário que não descubra o valor terapêutico, porque aumentaria o preço) repentinamente olhei para a dona e disse: Ah eu preciso de uma mãe assim que me ofereça esse creme delicioso,você não quer ser minha mãe. Ela não sabia do meu coração,  mas abriu um sorriso maravilhoso, me abraçou duas vezes carinhosamente e dizia com voz carinhosa : Pode ser!

 

Me  senti revigorada e fui sorrindo para o local indicado acompanhada dos componentes da caravana. Parei e não avistei mais ninguém cada um havia achado um lugar e me vi sozinha congelada outra vez.

 

Foi então que vi o grupinho de jovens ainda do lado de fora. Caminhei na direção deles com pouca esperança, afinal eu não fazia parte do grupo. Então vi a menina, aquela dos olhos que as vezes eu temia, querendo achar uma água para lavar o rosto um pouco desfigurado pelo mal da viajem. Nunca simpatizei com ela apesar de nem conhecê-la. Mas talvez por também me sentir mal senti um desejo incontrolável de acompanhá-la. Fomos até o posto próximo dali escuro e feio.

 

Ela  lavou seu rosto com a água fria e parecia se revigorar aos poucos. Começou a maquiar o seu rosto,  E então começou o momento de magia! Ela me perguntou se não queria passar aqueles produtos em meu rosto. Cuidadosamente se virou em minha direção e com amor, carinho e cuidado começou a  passar o pincel em minha face.

 

A sensação era indescritível. Aos poucos o pincel varia a tristeza, o medo e a insegurança da minha alma. Definitivamente ela era a minha fada, que chegou para me transformar na hora da festa. Olhei no espelho. Havia um brilho raro em meu rosto... meu ser havia momentaneamente se transformado pela magia dos pinceis carregados  do amor transformador.

 

Entrei no salão feliz, mas o lugar vazio era próximo do dono das palavras duras. Relutei... agora eu não queria ficar perto delas. Mas a alegria dissipou o sentimento  e me sentei.

 

O dirigente da festa estava ali , como um espelho em minha frente contando a sua história. Mas era a minha história. Fiquei encantada. Eu via um espelho retrovisor ali em minha frente mostrando o que havia ficado para trás e me ajudando a seguir em frente com segurança , era quase um anjo na minha noite escura espalhando luz e dissipando o restante da escuridão que ainda poderia haver. As musicas, ah as musicas foram mandadas do céu pra mim.

 

Noite de festa, noite de alegria, noite inesquecível que vai sempre ser uma linda luz no fim do dia.

 

Jamais veremos os espinhos, se não tivermos o privilégio de conhecermos a roseira cheia de rosas.

 

A menina dos olhos tristes , agora era a minha fada dos olhos de jabuticaba, luz de alegria, ela acho que faz parte da minha coleção de peças preciosas chamados de amigos.

 

 Ela sempre me diz: Você precisa de um estojo para usar toda vez que estiver triste... Ela é uma menina linda, a rosa aquela que aparece no galho cheio de espinhos.

 

A mãe aquela que me abraçou... nem sei se ela um dia o será, mas o abraço de mãe  esse ficou selado e registrado pra sempre em meu coração.

 

Meu amigo, aquele das palavras duras que ofendi sem saber como... não sei ao certo se posso ainda chamá-lo de amigo. Eu ainda o vejo assim, mas não sei ao certo o que depois de tudo ele pensa de mim. Mas uma coisa eu sei só conheci os espinhos porque um dia encontrei a roseira cheia de rosas no caminho. Quem sabe um dia ele assim como eu se convença de que os espinhos valem a pena pela beleza, cores e perfumes das rosas colhidas da roseira... os espinhos, a gente aprende lidar com eles sem se ferir. E se um dia acontecer...  ah então a gente acha as fadas, os pincéis, as mães, o creme da boticário feito bálsamo... e o espelho retrovisor que nos faz seguir em segurança. Se me arrependo do amigo? Jamais!

 

Eis a magia dos pincéis aqueles que como a vara mágica da fada  transformam a feiura em um espetáculo...  agora entendo mesmo os escritores dos contos de fada! Descobri o segredo deles.

 

Que bom encontrar roseiras e rosas sempre em nossos caminhos, elas nos ensinar a lidar e conviver com os espinhos.

 

E assim esse é o final feliz de mais uma história só para Rir e chorar.